...Porque Teu é o Reino o Poder e a Glória para Sempre. Amém.

Esta é uma cláusula importante que conclui a oração do "Pai Nosso", nos lembrando das verdades contidas nela. É uma espécie de resumo, por assim dizer. No caso do Pai Nosso, serve como uma "aula final", uma "retrospectiva", para reforçar a centralidade de Deus em tudo.

Essa aula não agrada ao homem moderno, que gosta de se sentir o centro do universo. Assim como durante séculos a Igreja defendeu que o Sol girava em torno da Terra, sendo escandalizada pela descoberta de Copérnico - a de que a Terra girava em torno do Sol -, descobrir que as orações não existem por nossa causa é uma afronta.

Qual o nosso problema hoje? Achamos que tudo gira em torno do homem. "Eu sou a coisa mais importante da minha vida e tudo tem que servir aos meus desejos e às minhas necessidades". Alguns dizem que não gostam de dada doutrina, como se a verdade consistisse numa espécie de quebra-cabeças que nós montamos a nosso bel-prazer.

Há doutrinas bíblicas que eu hoje amo, mas das quais inicialmente não gostei. Aceitá-las foi difícil. Mas se há algo que a Bíblia afirma, não tenho outra escolha senão aceitar. A Bíblia não existe para me servir. Ela foi escrita para a glória de Deus. Eu estou aqui para me submeter a ela. Ou seja, na vida moderna do cristão tem que haver uma nova revolução, ao estilo da de Copérnico.

A Igreja precisa sofrer uma reforma para entender que a glória de Deus é o princípio e o fim, o centro do universo, a razão da nossa existência, a explicação da história do mundo, a justificativa da cruz do Calvário. O Criador é o Sol ao redor de quem tudo gira. Ele não é um balconista sempre disposto a nos servir. Não fechamos negócios com Deus de acordo com a nossa tristeza ou a nossa felicidade. Toda oração, portanto, tem este fio condutor: Teu é o Reino, Teu é o poder e Tua é a glória.

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Texto retirado do livro: O Pai Nosso do Bispo Primaz Walter McAlister, pág. 74 e 75.



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